CÉU DE CADA MÊS
2024
Apresentamos um vídeo com o aspecto do Céu noturno de cada mês do ano de 2024. Os planetas que estão visíveis, os fenômenos astronômicos do mês e os objetos astronômicos mais interessantes de serem observados através do telescópio e, quando possível, a olho nu e também através de um binóculo. Basta escolher o mês e "clicar".
O Céu de Janeiro
Tradução:
O céu do Verão (para o Brasil) e do Inverno (no caso do Hemisfério Norte) é cheio de estrelas brilhantes. Uma antiga constelação. Auriga foi retratado como um pastor de ovelhas pelos gregos e Romanos. Auriga é um belo diadema de estrelas enfeitando o céu. Capella é a estrela mais brilhante da constelação, e é uma estrela dupla. As duas estrelas são amarelas como o nosso próprio Sol, mas são cerca de 10 vezes maior e 50 e 80 vezes mais brilhantes. Perto de Auriga vemos a grande constelação do Touro. Na Mitologia grega, este grupo de estrelas representava Zeus sob o disfarce de um touro branco com chifres de ouro. O olho do Touro é Aldebaran, uma estrela gigante vermelha que está se aproximando do final de sua vida. A cabeça do Touro, em forma de V, é formada pelas Hyades , um aglomerado de belas estrelas facilmente visíveis a olho nu.
O aglomerado de estrelas Plêiades fica perto da cabeça do Touro . Grande e brilhante, esse grupo de estrelas é muito conhecido no céu e é freqüentemente chamado de " Sete Irmãs " ou "Sete Estrelas". A olho nu você pode ver apenas seis ou sete estrelas, mas o aglomerado contém mais de 250 estrelas. Você pode ver melhor as Plêiades através de binóculos. As estrelas desse grupo estelar são quentes e jovens, com cerca de apenas 50 milhões de anos. Estão envolvidas em uma nuvem de poeira que reflete a luz azul dessas estrelas.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Fevereiro
Tradução:
O céu do Verão (para o Brasil) e do Inverno (no caso do Hemisfério Norte) é cheio de estrelas brilhantes e apresenta uma das melhores regiões do Céu para observações. Órion, o Grande Caçador da mitologia grega, domina o céu do verão. Esta constelação é uma das mais fáceis de reconhecer, no meio dela encontram-se as Três Marias (como são conhecidas no Brasil). Betelgeuse, que faz parte da constelação, um dos "ombros" do Órion, é uma estrela supergigante vermelha cerca de 650 vezes maior do que o Sol. Seu brilho equivale a dezenas de milhares de sóis. Betelgeuse está perto do fim da sua vida. Com o combustível no núcleo da estrela praticamente esgotado, o núcleo está se contraindo e aquecendo, fazendo com que as camadas gasosas exteriores da estrela se expandam. Rigel, é um dos "joelhos" do Órion, é um sistema triplo de estrelas composto de duas estrelas menores orbitando uma supergigante azul. A estrela supergigante azul tem uma vida útil curta. Estrelas supergigantes azuis são muito mais quentes que o nosso Sol e queimam seu combustível rapidamente. O Cinturão de Órion é fácil de detectar. É composto de três estrelas (as Três Marias), cujos verdadeiros nomes são: Alnitak, Alnilam e Mintaka. Abaixo e à esquerda do Cinturão de Órion, você pode detectar a Grande Nebulosa de Órion. Embora pouco visível a olho nu, é a nuvem de gás difuso mais brilhante do céu noturno. Nebulosa é o nome em latim para "nuvem". Incrustada no interior da Nebulosa de Órion está o Trapézio, um grupo de estrelas quentes e jovens tão brilhante que torna brilhante o gás circundante.
A constelação de Canis Major, o Cão Maior, é o companheiro fiel que segue os passos do caçador Órion. Canis Major é dominado pela estrela mais brilhante no céu noturno, Sírius que na verdade é um sistema duplo, contendo uma estrela brilhante e outra muito menor, a companheira mais fraca. Fica apenas a 8.6 anos-luz de distância de nós. Fazendo uma varredura com binóculos, logo abaixo de Sirius você verá um encantador aglomerado de estrelas chamado M41. Ele contém cerca de 100 estrelas, incluindo várias gigantes vermelhas. As estrelas do aglomerado M41 nasceram juntas e são todas da mesma idade.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Março
Tradução:
À medida que o verão se transforma em outono (no hemisfério sul) e do interno em primavera (no hemisfério norte), o céu também muda com novas paisagens estelares. A constelação de Órion, com seu cinturão brilhante, ainda domina o céu noturno. Próximo do Órion (acima do braço levantado), fica a constelação de Gêmeos. Onde na mitologia grega, os Gêmeos acompanharam Jasão e os Argonautas em sua expedição em busca do Velocino de Ouro. Cada irmão tem uma estrela de referência em suas cabeças, sendo elas as estrelas Castor e Pólux. Pólux é uma gigante amarela e hospeda um planeta do tamanho de Júpiter. Já Castor é um sistema de três pares de estrelas ligadas em uma intrincada dança gravitacional. Aos pés dos irmãos Gemini há uma mancha difusa que binóculos ou um pequeno telescópio mostram ser um aglomerado de várias centenas de estrelas chamadas M35.
No céu também pode-se observar a Hydra (cobra d’água), a constelação mais longa do céu. Onde possui diversos objetos que podem ser visíveis a partir da utilização de equipamentos óticos, como o caso das galáxias NGC 3923 e M83. A NGC 3923 é uma galáxia elíptica que consiste de bilhões de estrelas antigas com cor amarelada, sendo capaz de ingerir galáxias menores e assim criando várias camadas na qual são chamadas de conchas concêntricas estelares. Já a galáxia M83, também conhecida como galáxia Catavento do Sul tem um formato de espiral barrada, com faixas de poeira escura, aglomerados de estrelas azuis e nuvens rosa brilhantes formando estrelas. Ao observar a M83 na frequência de raio X, observa-se em seu centro uma grande emissão de raio X, ocorrendo devido a um buraco negro enquanto engolem estrelas próximas.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Abril
Tradução:
O céu do mês de abril está repleto de objetos a serem observados. Ao olhar a noite para o norte, você encontrará a constelação da Ursa Maior, onde no meio da alça estão Mizar e Alcor, uma estrela dupla discernível a olho nu. Com a ajuda de um telescópio, Mizar e Alcor são um par de estrelas brancas como diamantes. Durante a primavera no hemisfério norte e outono no hemisfério sul, a nossa visão está longe do plano nublado da Via Láctea, e a visão mais clara revela outras galáxias. Perto do final do cabo da Ursa Maior está a galáxia do Catavento, também conhecida como M101. Um telescópio terrestre revela sua forma espiral. Com o olho do Telescópio Espacial Hubble, podemos ver estrelas individuais que compõem esta galáxia espiral. A Galáxia Catavento é semelhante em tamanho e forma à nossa galáxia, a Via Láctea. Podemos vê-la por imagem em infravermelho, raio X e pelo visível, permitindo-nos ver o gás galáctico, buracos negros e estrelas de nêutrons.
Próxima a Ursa Maior está um par de galáxias: M81 e M82. As duas galáxias estão relativamente próximas, apenas a doze milhões de anos-luz de distância e muito próximas uma da outra, separadas por apenas 150 mil anos-luz. Ao sul da Ursa Maior vagueia outra grande fera: Leão. Na constelação de Leão, seu coração brilhante é marcado pela estrela Regulus: um sistema de quatro estrelas, sendo duas estrelas duplas orbitando uma à outra. Dentro do estômago da constelação, existem várias galáxias. Duas delas: M95 e M96, que são espirais grandes. Uma visão infravermelha da M95 mostra uma galáxia ordenada vista de frente. Uma visão de luz visível de M96 mostra uma galáxia assimétrica, provavelmente perturbada gravitacionalmente por encontros com seus vizinhos.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Maio
Tradução:
Nas noites da primavera ao norte e outono ao sul do planeta é possível observar várias constelações no céu. Olhando para o norte encontramos a Ursa Maior. Passando pela curva da sua cauda, desça pela brilhante: Spica. Um par de enormes estrelas branco-azuladas. No céu também podemos observar a constelação de Virgem, que dominará o norte do céu de maio. Diante da Virgem, desviamos o olhar do plano lotado e empoeirado de nossa própria galáxia. Tendo uma visão menos obstruída do universo mais profundo e assim podendo observar diversas galáxias. Uma delas é uma galáxia lenticular, ou em forma de lente, conhecida como Sombrero. O Telescópio Espacial Hubble da NASA fornece uma visão detalhada das faixas escuras de poeira que circundam o núcleo brilhante da Galáxia de Sombrero. Logo acima da forma de “Y” em Virgem está uma concentração de aproximadamente 2000 galáxias conhecidas como Aglomerado de VIRGO. Uma das maiores delas é M87, uma galáxia elíptica gigante com trilhões de estrelas e um buraco negro supermassivo em seu núcleo.
Ao lado de Virgem fica a constelação Coma Berenices — o cabelo de Berenice, onde estão muitas outras galáxias distantes — entre elas a galáxia espiral M64. A M64 também é conhecida como Galáxias do Olho Negro, devido à área escura em seu disco. Imagens do Hubble mostram que a região escura é uma grande faixa de poeira girando na direção oposta das regiões internas, provavelmente como resultado de uma colisão no passado de galáxias. Atrás da alça da Ursa Maior está a constelação Canes Venatici, os cães de caça. Dentro dos limites desta constelação, logo abaixo da estrela final do cabo da Dipper, os telescópios encontram outro fraco redemoinho de luz: a M51. Hubble mostra a M51 como uma espetacular espiral frontal — a Galáxia do Redemoinho — junto com uma galáxia companheira. Uma imagem de raios X da companheira revela ondas de choque causadas por explosões de um buraco negro supermassivo. Explore as maravilhas do céu de maio, com seus padrões familiares, figuras lendárias e galáxias brilhantes.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Junho
Tradução:
Ao olhar para o noroeste, encontra-se a Ursa Maior. Ao seu lado temos a constelação do Boieiro, sendo Arcturus: a quarta estrela mais brilhante do céu noturno. No Boieiro também contém uma estrela dupla chamada Epsilon Bootis, ou Izar, um impressionante par de estrelas amarelo-laranja e azulado que pode ser vista por um telescópio modesto. À esquerda do Boieiro fica um semicírculo de estrelas conhecido como Corona Borealis, a Coroa do Norte. Ao lado da Corona Borealis, encontramos Hércules, o homem forte da mitologia grega. Perto do centro da constelação há um trapézio conhecido como Pedra Angular. A Pedra Angular é essencial para encontrar o Grande Aglomerado Estelar em Hércules, um aglomerado estelar globular contendo centenas de milhares de estrelas densamente compactadas.
Fora da Pedra Angular fica outro aglomerado globular: M92. O M92 está mais distante que o aglomerado de Hércules e parece menor e mais fraco através de um telescópio. Uma imagem do Hubble mostra muitas estrelas gigantes vermelhas antigas e brilhantes em seu núcleo lotado. Ao norte de Hércules, cuspindo fogo em seus pés, está Draco, o dragão. O longo corpo de Draco se enrola em volta da Ursa Menor. Localizada ao longo das espirais do dragão está NGC 6543 – a Nebulosa Olho de Gato, uma nuvem de gás brilhante em expansão proveniente de uma estrela moribunda. Os Telescópios Espaciais Hubble e Chandra da NASA trazem o Olho de Gato para uma visão detalhada. Vermelho e roxo representam a luz visível emitida por conhcas de gás quente lançadas pela estrela. O azul é a emissão de raios X do gás quente que rodeia a estrela anã branca que permanece no seu núcleo.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Julho
Tradução:
O céu do inverno oferece inúmeras constelações para serem observadas. Olhando para a região sudeste do céu está Scorpius, o escorpião. A estrela principal da constelação é Antares, uma estrela supergigante vermelha que se aproxima do fim da sua vida. Antares é uma das maiores estrelas observáveis no céu. Se comparada ao nosso Sol, Antares cobriria no sistema solar para além da órbita Marte. Próxima a Antares fica o aglomerado estelar globular M4. O M4 possui milagres de estrelas antigas, todas formadas na mesma época, com estimativa de idade do aglomerado de 12 bilhões de anos. Na mesma constelação, logo acima do ferrão pode-se encontrar o aglomerado da Borboleta e de Ptolomeu. Estes são aglomerados abertos, em sua maioria as estrelas são mais quentes, azuladas e muito mais jovens do que as dos aglomerados globulares.
A leste do escorpião está Sagitário, o arqueiro. Com nuvens estelares brilhantes, incluindo o M22, um dos aglomerados estelares globulares mais próximos da Terra. Uma imagem com o Telescópio Espacial Hubble pode-se observar o núcleo do aglomerado. As interações neste ambiente lotado fizeram com que os enormes cadáveres de estrelas, incluindo buracos negros e estrelas de nêutrons, se movessem em direção ao núcleo. Espalhadas ao longo da Via Láctea, acima do bule de chá, estão numerosas nebulosas: nuvens brilhantes de gás e poeira onde novas estrelas estão se formando. Três das mais proeminentes são a Nebulosa do Cisne, a Nebulosa da Lagoa e a Nebulosa Trífida.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Agosto
Tradução:
As noites quentes de agosto oferecem condições ideais para observação de estrelas, com o céu exibindo várias estrelas e constelações proeminentes. Vega, uma das estrelas mais brilhantes do céu está na constelação Lira, representando a Lira de Orfeu. O padrão principal de Lira é um pequeno paralelogramo simbolizando as cordas da Lira. Perto está Epsilon Lyrae, conhecido como “Double Double” porque consiste em dois pares de estrelas brancas em órbita. Entre as estrelas inferiores do paralelogramo está a Nebulosa do Anel, uma nebulosa planetária onde uma estrela moribunda expeliu suas camadas externas, deixando para trás uma anã branca quente que ilumina o gás ao redor.
A leste de Lira está Deneb, uma supergigante azul-esbranquiçada distante que marca a cauda de Cygnus the Swan. Na cabeça de Cygnus está Albireo, uma estrela dupla impressionante, facilmente visível através de pequenos telescópios. Ao sul da cabeça de Cygnus fica Vulpecula, a raposa, que contém a Nebulosa do Haltere. Esta nebulosa planetária é uma nuvem de gás em expansão aquecida por sua anã branca central, e seu formato de haltere pode ser devido à presença de uma segunda estrela. Ao sul de Lira e Cygnus, Altair brilha intensamente como o pescoço de Aquila, a Águia. Perto da cauda de Áquila fica o Aglomerado do Pato Selvagem, um aglomerado estelar aberto que os primeiros observadores pensaram que se assemelhava a um bando de patos voando em uma formação em V.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Setembro
Tradução:
À medida que setembro inaugura a transição do inverno para a primavera, o céu noturno revela várias constelações. Pégasos a constelação se torna cada vez mais proeminente no céu nordeste. Sua característica definidora, o “Grande Quadrado”, serve como um guia para outras constelações. Perto de Pégaso fica Aquário, lar do aglomerado globular de estrelas M2. M2 é um dos maiores e mais antigos aglomerados globulares, contendo cerca de 150.000 estrelas e localizado a mais de 37.000 anos-luz de distância. Com aproximadamente 13 bilhões de anos, ele oferece um vislumbre do universo primitivo e pode ter se originado de uma galáxia anã que se fundiu com a Via Láctea.
A oeste de Aquário está Capricórnio, a Cabra do Mar, uma constelação antiga com raízes na mitologia suméria e babilônica. A estrela Alfa de Capricórnio é uma dupla óptica, onde duas estrelas parecem próximas, mas na verdade estão a distâncias diferentes. A estrela mais brilhante, Algedi, está a cerca de 100 anos-luz de distância, enquanto a estrela mais fraca está muito mais distante. Capricórnio também contém o aglomerado globular M30, onde as estrelas são densamente compactadas e podem interagir, às vezes até mesmo trocando parceiros em uma dança gravitacional. A órbita incomum de M30 sugere que ela pode ter se originado em uma galáxia que mais tarde se fundiu com a Via Láctea. Mais a oeste, Sagitário apresenta o aglomerado globular Terzan 5, localizado perto das faixas de poeira escura da Via Láctea. Terzan 5 inclui estrelas azuis jovens e brilhantes e estrelas antigas em seu núcleo, que emite raios X devido à presença de anãs brancas e estrelas de nêutrons.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Outubro
Tradução:
Nas noites de outubro o céu está repleto de objetos a serem observados do seu quintal. Ao anoitecer, olhe para o nordeste e encontrará Pégaso, o cavalo voador. Em seu quadrado formado pelas estrelas está seu corpo onde a partir dele iremos nos guiar nas noites da primavera no hemisfério sul e outono no hemisfério norte. Em Pégaso podemos encontrar a estrela 51 Pegasi, uma estrela semelhante ao Sol e que abriga um planeta em sua órbita. Mais a oeste, perto da estrela Enif, que marca o nariz do cavalo, fica um aglomerado globular de estrelas M15. Com telescópios pequenos observamos uma esfera de luz granulada e concentrada, já com o Telescópio Espacial Hubble da NASA mostra um globo impressionante de estrelas antigas com muitas gigantes vermelhas. M15 é um dos aglomerados globulares de estrelas mais densos conhecidos na galáxia da Via Láctea.
A estrela mais brilhante do Grande Quadrado de Pégaso, chamada Alpharatz, marca a cabeça da princesa Andrômeda. Ao lado da constelação de Andrômeda está M31, a galáxia de Andrômeda. Visível em céus escuros, a galáxia está a 2,5 milhões de anos-luz de distância, é o objeto mais distante que pode ser visto a olho nu. Binóculos e pequenos telescópios mostram claramente seu formato quase de ponta. A missão GALEX da NASA fotografou a luz ultravioleta da Galáxia de Andrômeda. A imagem mostra seu núcleo e braços espirais traçados por estrelas azuis jovens, massivas e quentes e faixas de poeira escura. Andrômeda é a galáxia grande mais próxima da nossa. Estudos indicam que Andrômeda está se aproximando e colidirá e se fundirá com a Via Láctea daqui a mais de quatro bilhões de anos.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Novembro
Tradução:
As noites de novembro são ideais para observar constelações mais discretas da primavera. Pégaso, no sudeste, é um ponto de referência para localizar Peixes, a leste do Grande Quadrado. Peixes representa Afrodite e Eros que na mitologia grega se acorrentaram para fugir do grande monstro. Também em sua constelação abriga a galáxia espiral M74, conhecida por seus braços azuis proeminentes e núcleo avermelhado, capturada em detalhes pelos telescópios Hubble e Spitzer.
A leste, encontra-se Áries, o carneiro, cuja estrela Mesarthim é um par branco visível com telescópios pequenos. Acima de Áries está Triângulo, lar da Galáxia do Triângulo (M33), observável com binóculos. A M33 é destacada por braços espirais irregulares ricos em poeira e regiões de intensa formação estelar, evidenciadas por imagens ultravioleta e infravermelha dos telescópios Spitzer e GALEX.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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O Céu de Dezembro
Tradução:
As noites curtas e quentes de dezembro são ideais para contemplar o céu. Ao olhar para o norte, é possível ver a constelação da Ursa Maior, que parece raspar o horizonte. Do outro lado de Polaris, a Estrela do Norte, brilha Cassiopeia, a rainha, que se destaca por seu formato inconfundível de "W" ou "M". Dentro dessa constelação encontra-se Eta Cassiopeia, um sistema binário composto por uma estrela amarela pálida, semelhante ao Sol, e uma companheira laranja de menor massa. Além disso, é possível observar o aglomerado aberto M103, que, com a ajuda de binóculos ou pequenos telescópios, revela cerca de 170 estrelas, incluindo uma gigante vermelha próxima ao centro. A leste de Cassiopeia está a constelação de Cepheus, o rei, cujas estrelas desenham o contorno de uma casa. Nessa região, destaca-se Mu Cephei, uma gigante vermelha também conhecida como Estrela Granada, devido à sua cor vermelha intensa. Próximo à base dessa constelação, pode-se avistar a galáxia NGC 6946, uma espiral irregular que aparece como uma mancha fantasmagórica em telescópios modestos. Notavelmente, essa galáxia registrou cerca de 10 supernovas no último século, em contraste com a média de apenas duas por século na Via Láctea.
A oeste de Cassiopeia encontra-se Perseu, o herói grego que carrega a cabeça da Medusa. Entre as estrelas de sua constelação está o aglomerado aberto M34, que revela cerca de 100 estrelas quando observado com binóculos ou pequenos telescópios. Seguindo o olhar para o norte, localiza-se a constelação da Ursa Maior, onde é possível encontrar a galáxia M82, que aparece como uma fina faixa de luz nos equipamentos mencionados. Já ao leste, destaca-se Órion, o caçador, com seu icônico Cinturão brilhando sobre a paisagem de verão no hemisfério sul e de inverno no hemisfério norte. Logo abaixo do Cinturão, encontra-se a nebulosa de Órion (M42), uma das nebulosas difusas mais brilhantes do céu noturno, fascinante para observadores de todas as idades.
Adaptação do texto: Dermeval Carneiro
Texto adaptado de: Tonight’s Sky
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